DIVERSIDADE GENÉTICA EM VARIEDADES DE MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA CRANTZ) NAS CONDIÇÕES AGROECOLÓGICAS DE MALANJE (ORIGINAL)
Palabras clave:
Manihot; Divergência genética; Variabilidade genéticaResumen
A análise conjunta de variáveis qualitativas e quantitativas tem sido apontada como uma ferramenta útil na estimativa da diversidade genética entre as variedades de uma colecção de germoplasma. O objectivo deste estudo foi avaliar a diversidade genética de variedades de mandioca nas condições agroecológicas de Malanje, Angola; a partir de caracteres morfoagronómicos, para identificação de grupos divergentes e direccionamento de trabalhos de hibridação e posterior selecção. Foram avaliadas 10 características quantitativas e 12 qualitativas em 40 variedades. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados com quatro repetições. A amplitude dos coeficientes de variação (CV), variou de 16,21% a 80,87%, indicam variação entre os resultados, apresentando assim, uma variabilidade e heterogeneidade das variedades. As maiores entropias foram encontradas nas variáveis, cor externa do caule (1,26), cor da folha terminal (0,99), cor do córtex da raiz, (0,95), hábito de ramificação (0,88) e cor do pecíolo (0,82). Pelo Método UPGMA, formaram-se três grupos baseando-se na análise. Existe variabilidade genética a partir das características morfoagronômicas nas variedades avaliadas. Os descritores qualitativos que mais contribuem para a divergência genética entre as variedades são cor externa do caule, cor da folha terminal, cor do córtex da raíz, hábito de ramificação e cor de pecíolo. A análise conjunta de dados quantitativos e qualitativos proporciona maior eficiência no conhecimento da divergência existente entre as variedades de mandioca, e permite direccionar futuros estudos de hibridações. Os genótipos 29 (Malanje), 19 (Banana), 36 (Muringa), 39 (Gueti) mostraram-se bastante divergente dos demais, sendo assim, seleccionadas como variedades de melhor resposta.
Referencias
Allem, A. C. (2002). The origins and taxonomy of cassava (Manihot EsculentaCrantz). In Hillocks, R. J; Theresh, M. J; Bellotti, A. C. (Ed) cassava: Biology, production and utilization. Cabi Internacional.
Azevedo, C. D. O. (2014). Diversidade genética de populações de coqueiro (cocosnucifera l.) via marcadores SSR. Campos dos Goytacazes – RJ.(Dissertação) Mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas. UniversidadeEstadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.
Brandão, L. P. (2011). Selecção de descritores morfoagronômicos em bananeira por meio de procedimentos uni e multivariados. Dissertação (Mestrado em Recursos Genéticos) – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas. 61 p.
Bussab, W. de O; Miazaki, E. S; Andrade, D. F. (1990). Introdução à Análise de Agrupamentos. In: 9º Simpósio Nacional de Probabilidade e Estatística, São Paulo. Associação Brasileira de Estatística, 105p.
Cruz, C. D; Regazzi, A. J; Carneiro, P. C. S. (2004). Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético, Vol.1, Viçosa: UFV, cap.5, p.171-201.
El-Sharkawy, M. A. (2004). Cassava biology and physiology. Plant Molecular Biology, v.56, p.481-501.Disponível. em: <http://www.springerlink.com/content/h818787333327r78/fulltext.pdf>. Acessoem: 11 maio 2013.
Leal, V. D. J. (2014). Seleção de descritores morfoagronômicos e análise de dissimilaridade Genética em acessos de bananeira musa spp. Cruz das almas-Bahia.
Ledo, C. A. S da; Alves, A. A. C; Silveira, T. C. da; Oliveira, M. M. de; Santos, A. S; Tavares Filho, L. F. de Q. (2011). Caracterização morfológica da colecção de espécies silvestres de Manihot (Euphorbiaceae – Magnoliophyta) da Embrapa Mandioca e Fruticultura. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.53, Dezembro.
Lema, F. H. C. (2017). Avaliação morfoagronómicas e análise de agrupamento em variedades de mandioca (Manihot esculenta Crantz) nas condições agroecológicas de Malanje. Trabalho de fim do curso (Licenciatura) em Engenharia Agronómica. Instituto Superior Politécnico do Kwanza sul, Sumbe.
Lorenzi, J. O; Otsubo, A. A; Monteiro, D. A; Mercante, F. M; Martins, C. de S. (2002). Aspectos do cultivo da mandioca em Mato Grosso do Sul. Dourados: Embrapa/ Uniderp.
Machado, C. de F.; Jesus, F. N. de. Ledo, C. A. da.S. (2015). Divergência genéticade acessos de maracujá utilizando descritores quantitativos e qualitativos. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal - sp, v. 37, n. 2, p. 442-449,.
Mattos, P. L. P. de; Souza, A. da S; Ferreira Filho, J. R. (2006). Propagação da mandioca. Aspectos socioeconómicos e agronómicos da mandioca. Embrapa Mandioca e fruticultura Tropical. Cruz das Almas – BA.
Oliveira, M. M. (2011). Diversidade genética em espécies silvestres e híbridos interespecíficos de manihot (euphorbiaceae - magnoliophyta). Cruz das Almas- Bahia, 2011, 34-35p. (Dissertação) Mestrado em Fitotecnia. Universidade Federal de Recôncavo.
Reij, B.Van, Cantarella, H., Quaggio, J.A. y Furla,M.C. (1997). Recomendações de adubação e calagem pestado de São Paulo. 2.ed. Campinas, InstitutoAgronómico/Fundação IAC, 285p.