Revisão Recibido: 08/12/2024 │
Aceptado: 04/03/2025
Periodização tática: os
primeiros estudos científicos
Tactical
periodization: the first scientific studies
Nelson Kautzner Marques Junior,
Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela UCB. RJ. Brasil.
[kautzner123456789junior@gmail.com]
Resumo
O objetivo da revisão foi de apresentar a história, o
conteúdo e alguns estudos científicos da periodização tática (PT). A revisão de
literatura foi composta por três partes, com os seguintes conteúdos: 1)
história da PT, 2) conteúdo da PT e 3) estudos sobre a PT. Em conclusão, a PT
possui muita teoria, mas precisa de muitas pesquisas para detectar os aspectos
positivos e negativos dessa concepção.
Palavras Chave: esporte; carga de treino;
jogo, treino.
Abstract
The objective of the review was to present the history,
content, and some scientific studies of the tactical periodization (TP). The
literature review was composed of three parts, with the following contents: 1)
history of the TP, 2) content of the TP, and 3) studies on TP. In conclusion,
TP has a lot of theory, but it needs a lot of research to detect the positive
and negative aspects of this conception.
Keywords: sports;
training load; match; training.
Introdução
A periodização se originou para organizar o treino militar dos povos da
antiguidade, isso era realizado pelos chineses, pelos romanos, pelos gregos e
pelos egípcios. Esse momento da história da periodização é chamado de período
militar, foram elaboradas as periodizações do treino militar (Marques Junior,
2024a). Da Grécia antiga até 1916, ocorreu o período dos primeiros registros da
periodização esportiva e nessa época foram criadas as periodizações esportivas
antigas (Costa, 2022). De 1917 a 1950, aconteceu o período empírico que
idealizou a periodização pioneira (Marques Junior, 2023a). Esse período
empírico os pesquisadores do esporte ocidental elaboraram 2 tipos de concepção
para o atletismo, sendo do finlandês Pihkala e do inglês Dyson. Embora isso
tenha acontecido, a periodização não se difundiu no mundo ocidental. Mas nas
universidades soviéticas, a periodização passou a ser linha de pesquisa a
partir de 1917, por esse motivo no período empírico os cientistas do esporte
soviético criaram mais concepções, total de 6 periodizações (Marques Junior,
2023b).
Após
a 2ª Guerra Mundial na Europa, ocorreu de 17 de julho a 2 de agosto de 1945 a
Conferência de Potsdam na Alemanha, sendo formado o bloco soviético (Marques
Junior, 2024b). Nesse momento foi constituída a escola socialista do
treinamento esportivo que era formada pelos países do bloco soviético, eles
adotaram o sistema esportivo soviético e a linha de pesquisa de estudar a
periodização. Pouco depois da Conferência de Potsdam, ocorreu o período
científico e foram criadas as periodizações tradicionais (foi de 1950 a 1977),
sendo idealizadas somente 5 concepções e foi elaborada pelos pesquisadores do
bloco soviético. Então, até esse momento a periodização só era conhecida no bloco
soviético. Após a defesa de Doutorado de Matveev em 1964, os principais dados
da sua tese foram publicados como livro em 1965 na União Soviética e
posteriormente em outros países com outros idiomas (Marques Junior, 2024c). A
partir desse momento, a periodização se difundiu pelo mundo. Isso foi
constatado no período moderno (vai de 1978 até os dias atuais), de 1979 a 1985
foram elaboradas 5 periodizações contemporâneas pelo bloco soviético e em 1987,
foi estruturada a 1ª concepção do mundo ocidental quando esse conteúdo era
conhecido no mundo, sendo a periodização de microestrutura do espanhol
Seirul-lo Vargas (Marques Junior, 2023c). Após esse momento, foram idealizadas
4 periodizações contemporâneas pelos países ocidentais (fim dos anos 80 pelo
Canadá e Estados Unidos da América, 1989 por Portugal, 2001 e 2011 pelo
Brasil). Portanto, a difusão da periodização pelo mundo através de Matveev
permitiu a criação de outras concepções, ocorrendo nas nações do mundo
ocidental.
Uma
das concepções do mundo ocidental que foi idealizada em 1989 (Marques Junior,
2011), mas que começou a partir de 2000 a ser divulgada, foi a periodização
tática, do português Vítor Frade (Carvalhal, 2001; Lourenço, 2010; Santos et
al., 2011; Silva et al., 2009). Porém, apesar das diversas publicações sobre
essa concepção que inicialmente foi criada para o futebol, mas que pode ser
aplicada em diversos jogos esportivos, os estudos sobre a periodização tática
eram revisões de literatura (Afonso et al., 2020; Almeida e Saorin, 2021) ou
foram entrevistas com o idealizador dessa concepção (Borges, 2015; Martins,
2003). Logo, a periodização tática era considerada uma teoria sobre um tipo de
concepção centrada no modelo de jogo, na tática.
A
partir de 2014, foram realizados os primeiros estudos de campo sobre essa
concepção, acontecendo no futebol (Calvo et al., 2014). Posteriormente foram
conduzidas outras pesquisas sobre a periodização tática, ocorrendo no futebol
(Garret et al., 2023; Lopategui et al., 2021; Luis et al., 2018; Pilarczyk et
al., 2023, 2024; Razak et al., 2020), no basquetebol (Fernández et al., 2022;
Tamayo et al., 2019), no tênis (Bustos e Landazábal, 2019) e no rugby (Hu et
al., 2024a, 2024b; Tee et al., 2020). Então, o objetivo da revisão foi de
apresentar a história, o conteúdo e alguns estudos científicos da periodização
tática.
Desenvolvimento
História
da periodização tática
A periodização tática foi elaborada pelo português
Vítor Frade com o intuito de minimizar o problema do imediatismo do futebol de
formar uma equipe vencedora em poucos dias através de um adequado modelo de
jogo e para seu idealizador o mais importante é a tática. Outro fator que
propiciou a criação da periodização tática foi a insatisfação de diversos
pesquisadores portugueses referente as concepções de periodizações existentes
porque a maioria eram oriundas de esportes individuais e a ênfase do treino
costumava ser o treino físico (Garganta, 1993; Monge da Silva, 1988). Esses
investigadores de Portugal e outros, informaram que a tática era o conteúdo
mais importante do futebol. Essas afirmações foram corroboradas através de um
questionário que foi respondido por treinadores (n = 27) e investigadores (n =
23), os resultados estabeleceram que os fatores de rendimento determinantes na
performance do futebol foram os seguintes no grau de importância: 27,1% da
tática, 25,6% da preparação física, 24,8% da técnica e 22,5% do psicológico
(Garganta et al., 1996). O ano que a periodização tática foi elaborada não é
sabido, mas em 1989 essa concepção já era conhecida (Marques Junior, 2011).
Parece que foi o Prof. Dr. Julio Garganta, da Universidade do Porto, de
Portugal, o pesquisador que denominou essa concepção de periodização tática,
mas seu idealizador não sabe quem chamou sua periodização de periodização
tática. Mas para alguns pesquisadores foi o próprio Vítor Frade que denominou a
sua concepção de periodização tática, em 1990 essa concepção já tinha esse nome
(Luis et al., 2018).
Conteúdo
da periodização tática
Vítor Frade (1989 em Oliveira, 2004) realizou a
seguinte definição sobre essa concepção de periodização: “A periodização tática
é uma forma de organização e estruturação do processo de treino e do jogo. Tem
como objetivo a melhoria da qualidade de prestação coletiva e individual, tendo
em consideração alguns pressupostos” (p. 4, slide).
Os pressupostos são os seguintes (Vítor Frade, 1989
em Oliveira, 2004): 1) a dimensão tática coordena e orienta todo o processo de
treino e do jogo, 2) o modelo de jogo é elaborado conforme as ideais e
conhecimento científico do treinador, 3) durante o treino acontece a
decomposição do jogo, ou seja, ocorre o treino em situação de jogo e conforme a
necessidade esse trabalho é várias vezes decomposto, 4) o treino sempre é
específico através dos exercícios em situação de jogo, 5) existe um padrão
semanal de treino no morfociclo (é o mesmo que microciclo), 6) o treino ao
longo da semana se preocupa com o esforço e recuperação do atleta e 7) o
treinador precisa saber administrar o desenvolvimento do modelo de jogo durante
o treino e no jogo.
“Assim, a periodização tática tem como um dos
principais objetivos desenvolver os conhecimentos específicos das equipes e dos
jogadores, melhorando a qualidade de desempenho coletivo (da equipe) e
individual (do jogador)” (Vítor Frade em Oliveira, 2004). Logo, a aplicação da
periodização tática acontece através das ideias de jogo do treinador que
resulta no modelo de jogo adotado, mas esse modelo de jogo está relacionado com
o sistema de jogo e com as condições físicas, técnicas e táticas dos jogadores
(Almeida e Saorin, 2021; Bordonau e Villanueva, 2012).
Durante a prática desse modelo de jogo adotado
acontece a interação entre os princípios de jogo (organização do ataque,
transição da defesa para o ataque, organização da defesa e transição do ataque
para a defesa), entre a organização tática e entre a organização do sistema de
jogo (Casarin e Esteves, 2010). Portanto, a partir do modelo de jogo adotado o
treinador estrutura a periodização tática, ou seja, todo o treino está centrado
no modelo de jogo que é a maneira da equipe jogar (Casarin e Oliveira, 2010).
Na periodização tática não existe pico da forma
esportiva o mais importante são os patamares de rendimento, a equipe precisa
evoluir na maneira de jogar para proporcionar regularidade competitiva
(Carvalhal, 2001). Os atletas precisam trabalhar o máximo de tempo com a bola e
sempre em situação de jogo e no treino de jogo. O técnico português José
Mourinho nos fornece um exemplo de como o treino em periodização tática
reproduz a situação de jogo e sempre a sessão merece ser conforme o modelo de
jogo adotado pelo time e/ou seleção. Esse renomado técnico de futebol informou
que antigamente no Benfica de Portugal, o treino de goleiro era
descontextualizado do jogo de futebol porque Eusébio sem nenhuma marcação
efetuava diversos chutes para o gol e na maioria das vezes o goleiro Silvino
não conseguia fazer a defesa (Lourenço, 2010).
Essa sessão precisa simular o jogo, então em quatro
momentos diferentes o chute para o gol merece ser trabalhado e de preferência o
ataque e a defesa precisam ser exercitados conforme o modelo de jogo da equipe.
O treino de chute para o gol simulando o jogo, treina o atacante e/ou os
atacantes, o goleiro e a defesa, merecendo ser o seguinte: sem marcação, a
marcação vindo de frente – um duelo de 1 contra 1, 3 contra 1 e outros, a
marcação vindo ao lado quando o jogador está conduzindo a bola e a marcação
vindo de trás no momento que o atacante está em alta velocidade conduzindo a
bola.
A sessão da periodização tática o treino físico está
subordinado ao trabalho tático e merece ser conforme o modelo de jogo adotado
pela equipe. Por exemplo, Silva et al. (2009) fizeram uma extensa revisão sobre
o treino de força reativa (mais conhecido por treino pliométrico) no contexto
da partida e conforme o modelo de jogo. Um dos exercícios fornecidos por esses
autores, os laterais realizavam diversos cruzamentos para área e tendo
marcação, mas na área existem os atacantes efetuam o cabeceio sem marcação,
sendo os exercitantes do trabalho de força reativa. Nesse modelo de jogo os
laterais merecem cruzar para área e na área os futebolistas devem cabecear e
fazer ao mesmo tempo a sessão reativa. Portanto, na periodização tática tudo
está centrado no modelo de jogo, na tática, e o treinamento físico ocorre pelo
jogo e/ou pela situação de jogo.
A periodização tática difere das demais, na maneira
de estruturar a sessão e/ou de observar o alto desempenho de um atleta. O
técnico de futebol José Mourinho fez as seguintes explicações sobre essa concepção
(Oliveira et al., 2006): “Por isso é que eu digo que não acredito em equipes
bem ou mal preparadas fisicamente, mas em equipes identificadas ou não com uma
determinada matriz de jogo, adaptadas ou não com uma determinada forma de
jogar” (p. 111). “Estar em forma é jogar bem, e a equipe deve jogar como eu
pretendo” (p. 98). “Trabalha-se muito mais com bola e, ao mesmo tempo,
treina-se a parte física” (p. 50).
Em periodização tática a sessão é sempre específica
e a soma das intensidades forma o volume (Santos et al., 2011). O trabalho do
treino é centrado no jogo, conforme o modelo de jogo, sendo de alta intensidade
porque as ações determinantes na partida são em alta velocidade. Portanto,
“intensidade de esforço não é sinônimo de cargas físicas elevadas, esforços
físicos em quantidade ou durações alargadas. Quando fala em intensidade, fala
sobretudo em complexidade, em exigências de concentração decisional” (Oliveira
et al., 2006, p. 44). Logo, intensidade em periodização tática está relacionada
com a complexidade da tarefa e de acordo com a tomada de decisão do jogo e da
concentração da tarefa, sendo um esforço subjetivo.
Durante a estruturação do treino e no momento da
execução da sessão acontece o trinômio entre intensidade, volume (Obs.: a soma
das intensidades forma o volume) e recuperação, ou seja, durante a sessão essas
três variáveis estão interligadas (Carvalhal, 2001). O treino recuperativo em
periodização tática acontece no jogo e/ou no treino em situação de jogo com o
intuito de recuperar o atleta do desgaste do esforço físico e intelectual com
um trabalho de baixa e média velocidade (Marques Junior, 2011). Esse trabalho
recuperativo visa diminuir ou reduzir as lesões dos esportistas e também,
permitir que os jogadores aguentem realizar os esforços de alta intensidade do
jogo. Portanto, todo o trabalho centrado no jogo da periodização tática está
estruturado no trinômio intensidade, volume (a soma das intensidades forma o
volume) e recuperação. Esse trinômio intensidade, volume e recuperação precisa
ser mensurado durante o treinamento por uma escala de percepção subjetiva do
esforço para saber se cada um desses componentes teve uma carga baixa, média e
alta durante a sessão (Marques Junior, 2023c).
Em periodização tática são abolidas as avaliações cineantropométricas,
como a tática que é o mais importante nessa concepção, a análise do jogo é uma
tarefa que merece ser realizada durante o uso dessa periodização (Martins,
2003).
Segundo Oliveira (2012), a periodização tática
depende de alguns princípios metodológicos que estão em interação na sessão
para o treinador elaborar o modelo de jogo. Esses princípios são os seguintes:
1) princípio da especificidade, 2) princípio da propensão, 3) princípio da
progressão complexa, 4) princípio da “desmontagem” em hierarquização dos
princípios nos diferentes níveis de organização do jogo e 5) princípio da
alternância horizontal em especificidade.
O princípio da especificidade na periodização tática
determina que o específico está relacionado com o modelo de jogo adotado pelo
técnico com a meta de melhorar ou aperfeiçoar a maneira de jogar (Oliveira,
2012). O princípio da propensão objetiva favorecer o surgimento de atitudes que
permitam elaboração dos contextos de jogo nos treinamentos. O princípio da
progressão complexa está relacionado com os conteúdos do modelo de jogo que
podem ser prescritos e/ou fragmentados pelo subprincípios, sub subprincípios,
etc (Marques Junior, 2011). Mas como funciona a estruturação desses
subprincípios? A figura 1 responde essa questão (Gomes, 2006).
Figura 1. Explicação do princípio da progressão
complexa na estruturação e/ou prescrição do treino (Adaptado de Gomes, 2006).
Como o treinador pode fracionar um grande princípio
de jogo?
Através das explicações de Antunes e Melo (2009) é
possível elaborar na figura 2 um exemplo em como fracionar um grande princípio.
Figura
2. Fracionando um grande princípio (Adaptado de Antunes e Melo, 2009).
O penúltimo princípio da “desmontagem” em
hierarquização dos princípios nos diferentes níveis de organização do jogo,
sendo explicado através de Oliveira (2012). Ele funciona na organização dos
subprincípios, sub subprincípios, sub sub subprincípios para o treinador
conseguir estruturar o treino e prescrever adequadamente esses subprincípios
para a equipe de futebol ou de outro jogo esportivo coletivo.
O quinto e último, é o princípio da alternância
horizontal em especificidade. Esse princípio permite um adequado controle entre
esforço do treino ou da disputa e recuperação ativa e/ou passiva do estresse da
sessão ou da competição (Oliveira et al., 2006). Nesse princípio está inserido
o morfociclo semanal, sendo o mesmo que microciclo. O morfociclo semanal possui
um padrão ao longo da semana e nesse exemplo possui um espaço de dois jogos,
sendo explicado por Gomes (2006), Mangan et al. (2022), Marques Junior (2011) e
Oliveira et al. (2006), sendo o seguinte:
1)
Verde (domingo): Momento que aconteceu o jogo da competição.
2)
Branco (2ª feira): Ocorre uma recuperação passiva dos atletas por causa do jogo
de domingo. O branco é formado por ausência de cor, significando que não
acontece partida.
3)
Verde Claro (3ª feira): É realizado uma recuperação ativa, mas acontece jogo de
menor complexidade (campo menor, menor velocidade dos atletas, menor desgaste
emocional, etc). A junção do verde do jogo com o branco da recuperação passiva
forma o verde claro, sendo um treino de recuperação ativa de jogo.
4)
Azul (4ª feira): A sessão acontece em um médio esforço do jogar, exige mais da
tática coletiva dos jogadores. As tarefas do modelo de jogo proporcionam mais
desgaste emocional e da tensão muscular, a partida acontece em maior
velocidade. Neste terceiro dia de treino acontece mais o treino em situação de
jogo. Como o jogo ocorre em partes porque o treino em situação de jogo é a
decomposição de um momento da partida, a cor azul representa bem esse dia.
5)
Verde Escuro (5ª feira): O jogo acontece de forma mais complexa, é muito
exercitado o modelo de jogo, sendo similar ao dia da competição. Então, a
tensão muscular, o estado emocional e a velocidade são quase iguais ao da
disputa. Esse dia o verde escuro representa a junção azul de 4ª feira com o
amarelo de 6ª feira, englobando o dia anterior e o seguinte de treino.
6)
Amarelo (6ª feira): É exercitado o treino em situação de jogo em pequenas
partes do campo, ou seja, é praticado um aperfeiçoamento ou melhora de
determinados momentos do modelo de jogo da sessão anterior, ao mesmo tempo
ocorre uma recuperação ativa do treino de 5ª feira para o jogo da competição. Com
essa execução da sessão acontece menos desgaste emocional e inferior tensão
muscular, a velocidade ocorre em curtas distâncias. O amarelo é a melhor cor
para expressar esse trabalho.
7)
Amarelo Claro (sábado): O treinador lembra os atletas os principais objetivos
que foram treinados durante a semana, podendo ser exercitado através de uma
palestra do técnico com exposição de slides ou filme da equipe, podendo
acontecer o treino tático, onde o treinador orienta no posicionamento tático
adequado dos jogadores, mostra os aspectos fortes e fracos do adversário,
aperfeiçoa as jogadas ensaiadas, realiza cobrança de pênalti e efetua outras
tarefas de apronte da equipe para a disputa. Esse treino tático pode ser
realizado pelo treino em situação de jogo ou no jogo. Esse trabalho gera mínimo
desgaste físico, emocional, intelectual e outros do jogador porque é de baixa
intensidade. Então o amarelo claro é o resultado da junção do dia anterior com
branco da recuperação.
8)
Verde (domingo): Momento que acontece o jogo da competição, sendo realizado
pela equipe todo conteúdo que foi treinado na semana. Então, esse verde
representa a soma de todas as cores (branco + verde claro + azul + verde escuro
+ amarelo + amarelo claro = verde) da semana, sendo expresso pelo jogar.
Terminado o jogo, o mesmo morfociclo é realizado na semana seguinte. Isso
acontece até o fim da temporada.
A
figura 3 apresenta o morfociclo semanal utilizado pela periodização tática
(Gomes, 2006).
Figura 3. Morfociclo de padrão semanal da periodização
tática (Extraído de Gomes, 2006).
O mesociclo de padrão semanal de
domingo a domingo é fornecido por Gomes (2006) com as tarefas de treinamento em
cada dia na figura 4.
Figura
4. Aplicação dos princípios da alternância horizontal em especificidade através
do morfociclo de padrão semanal de domingo a domingo (Adaptado de Gomes, 2006).
Gaiteiro (2006) fornece um exemplo na tabela 1 de um
morfociclo de padrão semanal utilizado pelo técnico português de futebol José
Mourinho quando foi treinador do Barcelona da Espanha.
Sábado |
Domingo |
2ª feira |
3ª feira |
4ª feira |
5ª feira |
6ª feira |
Sábado |
Jogo
do Campeonato de Futebol Espanhol |
Jogo
em Casa:
treino de manhã. Jogo
fora de Casa: treino de tarde. Apenas
um turno de treino. Objetivo:
recuperação ativa. Atividade
1:
jogos de posse de bola (ritmo baixo, intervalo grande, espaços curtos,
esforço de 1 minuto e 30 segundos a 3 minutos, regime tático e técnico). Atividade 2:
os futebolistas que não jogarem realizam um circuito de força e técnica
(saltos, mudanças de direção, saídas, barreiras, mas todas as tarefas
associadas aos gestos técnicos das finalizações e da posse de bola). |
-
Folga ou um treino preparatório para o próximo jogo. -
Presença obrigatória de um exercício de posse de bola em contexto tático
visando o sistema de jogo. -
Sempre exercício de posse de bola com transição. -
Divisão do grupo de trabalho por setores (finalização dos atacantes, saídas
do goleiro, cada grupo de atletas conforme a posição trabalha uma organização
específica do jogo). -
Treino de força com técnica do futebol para os que não fizeram no dia
anterior (no domingo) |
Trabalho Tático 1º ou único treino - Primeiro ou único treino: ênfase no nosso sistema, nossa
equipe tendo em conta o adversário. - Significa isto que...
(posições dos jogadores, combinações táticos de ataque, organização
defensiva, sempre com oposição e com inferioridades numéricas por vezes). 2º treino Estratégia (as alterações do nosso sistema de jogo deve-se mais
às características individuais do adversário que ao seu sistema, em função
dos pontos fortes e fracos). |
Jogo
do Campeonato de Futebol Espanhol |
Recuperação
ativa com utilização da bola. |
Similar
ao trabalho de 3ª feira, mas com alguns exercícios diferentes. |
Jogo
do Campeonato de Futebol Espanhol. |
Tabela 1. Morfociclo de dois jogos por semana
aplicado por Mourinho na equipe de futebol do Barcelona (Extraído de Gaiteiro,
2006).
O morfociclo de padrão semanal com duas partidas no
domingo (Dom) o treinador pode estabelecer a carga de treino subjetivamente de
cada dia, sendo exposto na tabela 2 (Gomes, 2006; Oliveira et al., 2006;
Serrano, 2012).
Carga
Subjetiva de Treino |
Dom |
2ª
feira |
3ª
feira |
4ª
feira |
5ª feira |
6ª
feira |
Sábado |
Dom |
Tipo
de trabalho |
Jogo |
Descanso |
Recuperação
ativa |
Nº
de jogadores e espaço reduzido (treino em situação de jogo, fração média
do jogar) |
Nº de jogadores e espaço amplo (treino de jogo e em situação de
jogo) |
Nº
de jogadores alto e espaço reduzido (treino em situação de jogo, pequena
fração do jogar) |
Predisposição
para o jogo e recuperação ativa |
Jogo |
Conteúdo |
- |
- |
Subprincípio,
sub subprincípio, etc |
Subprincípio,
sub subprincípio, etc |
Grande princípio (jogo) e/ou subprincípio (situação de jogo) |
Subprincípio,
sub subprincípio, etc |
Subprincípio,
sub subprincípio, etc |
- |
Ação
Muscular -
tensão -
duração -
velocidade |
- |
- |
A.
Muscular tensão:
baixa duraçã.:
baixa veloc.:
baixa |
Ação
Muscular tensão:
muito alta duração:
baixa velocidade:
média |
Ação Muscular tensão: alta duração: média velocidade: baixa |
Ação
Muscular tensão:
média duração:
baixa velocidade:
alta |
Ação
Muscular tensão:
baixa a média duração:
baixa velocidade:
baixa a média |
- |
Concentração |
- |
- |
baixa |
média |
alta |
baixa |
média |
- |
Desgaste
emocional |
- |
- |
baixo |
médio |
muito alto |
baixo |
baixo
a médio |
- |
Esforço
descontínuo |
- |
- |
médio |
alto |
médio |
médio |
alto |
- |
Tabela
2. Carga subjetiva de treino de cada dia do morfociclo de padrão semanal
(Adaptado de Gomes, 2006; de Oliveira et al., 2006; de Serrano, 2012).
Todos esses conteúdos que foram explicados pertencem
a periodização tática, sendo uma concepção muito interessante para ser aplicado
nas escolinhas dos jogos esportivos e na iniciação dos jogos esportivos porque
o esportista está sempre jogando.
Estudos sobre a periodização tática
Alguns dos primeiros estudos da periodização tática
investigaram três dias do morfociclo semanal no momento que ocorreu a
operacionalização aquisitiva da organização de jogo, o dia azul aconteceu um
trabalho de força rápida, o dia verde escuro foi efetuada uma sessão de
resistência específica e o dia amarelo foi realizado um treino de velocidade
(Calvo et al., 2014; Garrett et al., 2023; Hu et al., 2024b; Lopategui et al.,
2021). Esses três dias do morfociclo (azul, verde escuro e amarelo) as sessões
nem sempre foram praticadas na 4ª feira, na 5ª feira e na 6ª feira, isso
dependeu da pesquisa e essa atribuição do tipo de trabalho (força rápida,
resistência específica e velocidade) esteve relacionado com a ação muscular de
cada dia do morfociclo, que pode ser consultada na tabela 2.
Durante esses três dias do morfociclo (força rápida,
resistência específica e velocidade) foi
estabelecida a percepção subjetiva do esforço (PSE), depois algumas
investigações determinaram a carga interna (CI) pelo método Foster e também foi
estabelecido o resultado de algumas capacidades motoras condicionantes através
das avaliações cineantropométricas
(Calvo et al., 2014; Garrett et al., 2023; Hu et al., 2024b; Lopategui
et al., 2021).
Esse tipo de estudo foi conduzido por Hu et al.
(2024a). Foram selecionados 26 jogadores de rugby de 27±3,5 anos que
participaram da 2ª divisão do campeonato francês. Os jogadores de rugby
treinaram por 10 semanas com a periodização tática de julho de 2020 a maio de
2021. Durante esse período foram usados dois morfociclos que foram expostos na
figura 5.
Figura
5. Morfociclos utilizados no estudo (Adaptado de Hu et al., 2024a).
A escala de PSE foi apresentada para os jogadores de
rugby e depois foi estabelecida a CI em unidades arbitrárias (UA) pelo método
Foster dos atacantes e dos defensores dos três dias do morfociclo (p≤0,05),
ver figura 6. Os resultados da CI foram classificados como baixos nos três dias
do morfociclo porque os valores foram menores do que 580 UA (Marques Junior,
2017).
Figura
6. Média da CI do morfociclo I (MI) e II (MII) (Extraído de Hu et al., 2024a).
Em conclusão, a CI dos atacantes foi maior do que
dos defensores devido as ações musculares desses jogadores na partida e o mesmo
ocorreu com o tipo de treino no morfociclo – ver tabela 2, maior exigência da
ação muscular no dia de força rápida, depois de resistência específica e por
último no dia de velocidade.
Bustos e Landazábal (2019) selecionaram 16 tenistas
universitários (n = 11 masculinos com 21,8±0,08 anos e n = 5 femininos com
19,8±2,77 anos) que foram divididos em dois grupos com 8 tenistas cada. Uma
amostra praticou a periodização tática que é centrada no jogo e outro grupo
realizou a periodização em bloco ATR com ênfase no treino físico que se baseia
no resíduo do treino. Cada grupo realizou 10 semanas de treino, sendo realizado
5 sessões por semana com 2 turnos de treino. Antes do treino foi efetuado um
pré-teste para dividir os grupos e após 10 semanas de treino ocorreu o
pós-teste. As avaliações praticadas nos dois grupos foram o teste de endurance
específica do tênis para estabelecer a qualidade técnica e o teste vai e vem de
20 metros (m) para mensurar o consumo máximo de oxigênio (VO2máx). A
tabela 3 expõe os resultados do pós-teste.
Teste |
Resultados
e Periodização |
Diferenças |
Endurance
específica do tênis |
Acertos:
44,12±14,36 (tática), 30,62±17,88 (ATR) |
p≤0,02*,
13,5 golpes |
|
Erros:
77,06±17,27 (tática), 80,31±18,59 (ATR) |
p>0,6,
3,3 golpes |
|
Total
de golpes: 121,18±21,58 (tática), 110,93±31,32 (ATR) |
p>0,28,
20,2 golpes |
|
Efetividade
técnica:
36,33±8,57 (tática), 25,98±9,23 (ATR) |
p≤0,002*, 10,4 golpes |
|
Frequência
cardíaca em bpm: 175,77±4,74 (tática), 176,32±5,52
(ATR) |
p>0,28,
1,4 batimentos por minuto (bpm) |
Vai
e vem de 20 m |
Estágio: 13,4±0,55
(tática), 13,7±0,67 (ATR) |
p>0,15, 0,6 |
|
Distância em m:
410±85,79 (tática), 485±103,15 (ATR) |
p≤0,03*,
75 metros |
|
VO2máx
em ml/kg/min: 39,84±0,72 (tática),
40,47±103,15 (ATR) |
p≤0,03*,
0,6 ml/kg/min |
Tabela
3. Resultados dos testes com diferença estatística*
e sem.
Em conclusão, os resultados foram conforme a ênfase
do treino, na periodização tática o treinamento é centrado no jogo, por esse
motivo a técnica dos tenistas foi melhor. Mas na periodização em bloco ATR as
sessões dão mais atenção ao treino físico, por isso a resistência aeróbia
intermitente foi melhor nesse grupo, sendo evidenciado no teste vai e vem de 20
m.
Foram apresentados somente 2 estudos porque foram as
investigações que o autor achou mais interessante, as outras pesquisas podem
ser acessadas na internet.
Conclusões
A periodização tática é estruturada diferente das
outras concepções, primeiro o treinador elabora o modelo de jogo e em seguida
começa criar as atividades do morfociclo e outros quesitos dessa periodização.
Porém, apesar dessa concepção ter muitas publicações, não existiam estudos de
campo sobre essa periodização até 2013. Somente em 2014 começaram a ocorrer os
primeiros artigos originais sobre essa concepção, sendo uma iniciativa
importante para averiguar a qualidade da periodização tática. Em conclusão, a
periodização tática possui muita teoria, mas precisa de muitas pesquisas para
detectar os aspectos positivos e negativos dessa concepção.
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