Original Recibido: 19/08/2024 │
Aceptado: 09/11/2024
Técnicas
de massagem e exercícios terapêuticos para a reabilitação de crianças com
paralisia braquial obstétrica
Técnicas
de masaje y ejercicios terapéuticos para la rehabilitación de bebés con
parálisis braquial obstétrica.
Yoandris
Espinosa Telles. Licenciado em Cultura Física. Doutor em Ciencias. Professor
Titular. Facultad de
Cultura Física. Universidad de Granma. Bayamo. Cuba. [yespinosatelles@udg.co.cu]
Delfim
William Cambolo António. Licenciado em Educação Física e desporto. Professor do
Instituto Superior de Educação Física e Desporto departamento de ciências aplicadas.
Luanda. Angola. [willianca@gmail.com]
Yaquelin
De Ávila Martínez. Licenciado em Cultura Física. Doutor em Ciencias. Professor
Titular. Facultad de Cultura Física. Universidad de Granma. Bayamo. Cuba. [yaquedeavila16@gmail.com]
Resumo.
A presente investigação
surge dada as insuficiências na reabilitação física das crianças com Paralisia
Braquial Obstétrica, em muitos casos, envolvidos pela baixa preparação dos
fisioterapeutas para o uso dos exercícios físicos com fins terapêuticos, por isso
se expõe como objectivo geral da investigação propor uma combinação de técnicas
de massagem e exercícios físicos terapêuticos para o tratamento de reabilitação
física das crianças de 0 a 1 anos com Paralisia Braquial Obstétrica do Centro
Ortopédico de Viana, Luanda. Além disso, foram utilizados diferentes métodos a
nível teórico, empírico e matemático, que permitiram especificar os resultados.
Utilizaram-se como métodos teóricos os seguintes: analítico-sintético,
indutivo-dedutivo e sistémico-estrutural-funcional; e como métodos empíricos
foram utilizados a análise de documentos, observação, inquérito e o critério de
especialistas, também o método estatístico-matemático aplicado foi a
distribuição empírica de frequência. Depois do diagnóstico inicial, se elaborou
a combinação de técnicas de massagem e exercícios físicos terapêuticos, para
melhorar a reabilitação física das crianças que tem esta doença, que foi
avaliada por o critério dos especialistas para futura aplicação nas sessões de
fisioterapia.
Palavras-chaves:
Paralisia Braquial Obstétrica, exercícios físicos terapêuticos, técnicas de
massagem.
Resumen.
La presente
investigación surge por las insuficiencias en la rehabilitación del cuerpo en pacientes
con Paralisia Braquial Obstétrica, en muchos casos, en los que laboramos en la
fisioterapia o utilizamos ejercicios físicos con terapias finas, para que pueda
acelerarse. Como objetivo general de la investigación se propone una
combinación de técnicas de masaje y ejercicios de fisioterapia para el tratamiento
de rehabilitación física de niños de 0 a 1 año con Paralisia Braquial
Obstétrica del Centro Ortopédico de Viana, Luanda. Además, para ello se utilizaron
diferentes métodos a nivel teórico, empírico y matemático, que permitirán
especificar los resultados. Se utilizaron como métodos los siguientes:
analítico-sintético, indutivo-deductivo e sistemico-estrutural-funcional; además
de los métodos empíricos como análisis documentos, para observar, indagar y
poner a prueba a especialistas, así como el método estadístico aplicado en
términos de distribución empírica de frecuencias. Desde el diagnóstico inicial,
desarrollamos una combinación de técnicas de masaje y ejercicios de
fisioterapia, para mejorar la rehabilitación física de los bebés que así se hace,
lo cual es validado por el criterio de los especialistas para la futura
aplicación de estas sesiones de fisioterapia.
Palabras-clave:
Paralisia Braquial Obstétrica, ejercicios físicos terapêuticos, técnicas de
masaje.
Introdução
A criança durante o seu
processo de crescimento e desenvolvimento vai melhoran a qualidade de
execução das suas
habilidades motoras grossas
e delicadas trazendo a
ela um grau
de independência. Sendo assim, existe uma demanda muito grande
da funcionalidade escapulo-torácica e do membro superior.
O membro superior de
acordo com sua perspectiva anatômica funcional é importante estuda-lo devido à
interação entre as diversas articulações e segmentos necessários para
movimentos eficientes e suaves (Ramires, 2021).
Entre as crianças com
transtornos do desenvolvimento (tipo psicomotor) se encontram as crianças com
Paralisia Braquial Obstétrica (PBO). Estes sofrem uma afetação no membro
superior, especificamente por uma lesão do plexo braquial, produto do parto. Em
geral, eles podem ser agrupados em dois tipos: Traumático no momento do parto e
intra-uterino.
É compartilhado com
(Martín, 2022) quando expõe que:
As lesões do Plexo Braquial acontecem
por estiramento provocado por distócia do ombro, tração das nádegas ou por hiperabdução
do pescoço na apresentação cefálica; as lesões podem ser devidas a um simples
estiramento, hemorragia intraneural, laceração do nervo ou da raiz ou um
arranco violento das raízes acompanhado por lesão da medula cervical. (Martín, 2022,
p.19).
Segundo (Carrión, e
Sanches, 2020, p. 23). “A PBO afeta ambos sexos sem predomínio e o membro
superior mais lesionado é o direito cerca de 50% e o membro superior esquerdo é
de 43%”. Também Ferreira, e Contenças, (2012) expõem que:
Nas Crianças com esta lesão apresentam
fraqueza muscular do membro superior acometido que podem levar ao
desalinhamento postural devido a compensações do membro superior não afetado,
assim como prejudicando no crescimento deste mesmo membro causando
constrangimentos á criança dificultando na sua inserção social. (Ferreira,
e Contenças, 2012, p. 33).
Vaquero, et al., (2017),
coincidem em recém-nascidos com lesão do plexo braquial foram mais comumente
encontrados em mulheres diabéticas cujos bebês pesavam mais de 4,5 kg no
nascimento, juntamente com diferentes tipos de parto. Os riscos de lesão
do plexo braquial para os recém-nascidos são aumentados com peso de nascimento,
partos com assistência de vácuo, e não ser capaz de lidar com a glicose.
Actualmente, em Angola,
é necessário alargar e aprofundar o tratamento de reabilitação física, através
da Quinesiterapia, para atender às crianças que, durante o parto, adquirem uma
Paralisia Braquial Ostométrica. Sabe-se também que, no mundo, existem vários
programas dedicados à população pediátrica como o objectivo da estimulação
precoce, para melhorar a mobilidade do braço comprometida com essa afetação.
É importante ressaltar
o efeito do exercício físico terapêutico na melhora da saúde e seus efeitos no
tratamento de pessoas com alterações motoras físicas, além disso, uma das
terapias que poderiam ser úteis nessas crianças com PBO poderia ser a aplicação
de massagem com exercícios físicos em idade precoce, para as quais existem
maiores possibilidades de recuperação do plexo braquial.
Rivero (2007), em seu
livro "General Noions of Massage", discute a influência da massagem
no corpo. Isso estimula o sistema nervoso vegetativo e intensifica a circulação
sanguínea e através da pressão dos dedos em um ponto bem localizado, é possível
estimular as funções de diferentes órgãos e nos processos de troca e
recuperação dos músculos.
Mediante o diagnóstico
factual realizado por meio de observações, inquéritos, entrevistas e a revisão
de documentos oficiais, nas sessões de fisioterapia desenvolvidas do Centro
ortopédico de Viana, Luanda, determinaram-se as características das crianças de
0 a 1 ano de idade com Paralisia Obstétrica Braquial e de sua atenção por
fisioterapeutas, as quais são:
·
Quando
levantam o braço afectado, não cumprem com o arco articular.
·
Não
executam corretamente a flexão e a extensão dos dedos do membro superior
afectado.
·
Apresentam
fraqueza muscular do membro superior acometido,
·
Experimentam
desalinhamento postural devido a compensações do membro superior não
afectado,
·
Tem
prejudicado o crescimento deste mesmo membro causando constrangimentos,
·
Poucas
indicações metodológicas que permitam uma correcta selecção, dosificação,
planeamento e aplicação dos exercícios físicos as crianças de 0 a 1 ano de
idade diagnosticados com Paralisia Braquial Obstétrica.
Levando em conta os
aspectos analisados acima surge como situação problemática: insuficiências no
tratamento de reabilitação física das crianças de 0 a 1 ano com Paralisia
Braquial Obstétrica do Centro Ortopédico de Viana, Luanda.
Problema Científico:
Como contribuir para o tratamento de reabilitação física em crianças de 0 a 1
anos de idade com Paralisia Braquial Obstétrica do Centro Ortopédico de Viana,
Luanda?
Para resolver o
problema científico, o seguinte objectivo geral é definido: Propor uma combinação
de técnicas de massagem e exercícios físicos terapêuticos para o tratamento de
reabilitação física das crianças de 0 a 1 ano com Paralisia Braquial Obstétrica
do Centro Ortopédico de Viana, Luanda.
Desenvolvimento
De uma população de 12
crianças que apresentam Parálisis Braquial Obstétrica do Centro Ortopédico de
Viana são seleccionados seis crianças para realizar esta investigação, os quais
constituem o 50% da população. As crianças seleccionadas são quatro do sexo
masculino e dois do sexo feminino, com faixa etária de 5 a 11 meses de idade,
os quais foram selecionados com base nos seguintes critérios de inclusão:
Também de uma população
de 6 fisioterapeutas que desenvolve as sesões de fisioterapia no Centro
Ortopédico de Viana, é selecionada uma amostra de três fisioterapeutas que
representam o 50% dos que assistir as crianças que apresentam Parálisis
Braquial Obstétrica. Aos três fisioterapeutas é aplicado um inquérito para
determinar o tratamento que brindam nas sessões de fisioterapio. Com relação às
características dos fisioterapeutas, se podo determinar que os três apresentam
a classificação profissional de Técnicos Superiores e entre 8 e 15 anos de
experiência laboral.
A verificação do
histórico médico das seis crianças investigadas, confirma que, todas as
crianças são diagnosticadas com Paralisia Braquial Obstétrica. Três deles para
50% têm paralisia no membro superior direito e os três restantes para 50% no
membro superior esquerdo. Quatro das seis crianças têm uma paralisia do tipo
braço superior para 67%, enquanto as outras duas crianças em 33% têm paralisia
do tipo braço inferior para 33%. Todos eles vêm de partos prolongados, com um
trabalho de partos superior a quatro horas e com o uso de instrumentos em três
dessos partos. Das 6 crianças, duas tiveram fratura de clavícula durante o
parto pora 33% e todas nasceram com pesos e tamanhos normais.
Uma observação foi
feita para fazer o exame da mobilidade no membro afetado nas seis crianças com
diagnóstico de Paralisia Braquial Obstétrica do Centro de Reabilitação Física
de Viana, para avaliar as limitações na área afetada. No primeiro aspecto
observado: na posição sentada, levantar o ombro afectado, pode-se determinar
que quatro crianças para o 67% não conseguem mover o ombro afetado, confirmando
a paralisia do tipo braço superior, enquanto as outras duas para o 33% se
conseguem completar essa acção.
No segundo aspecto
observado, pode-se determinar que cinco deles para 83% não atendem aos arcos
articulares estabelecidos para o ombro, embora a limitação não seja total, pois
registram movimentos com limitações confirmando a paralisia braquial do tipo
braço superior em cada uma essas crianças, a outra criança para 17%, se ele
consegue realizar o movimento com todo o arco articular.
No terceiro aspecto,
relacionado com a extensão e flexão no cotovelo, quatro crianças para 67%
apresentam bom desempenho e apenas duas crianças para o 33% apresentam
limitações de flexão e extensão no cotovelo do braço afetado.
No quarto aspecto,
relacionado com a flexão e extensão no punho, duas crianças para o 33%
apresentam dificuldades, confirmando a paralisia do tipo de braço inferior.
No quinto aspecto,
relacionado com a Executa corretamente a flexão e a extensão dos dedos da mão
do membro superior afectado, três crianças para 50%, apresentam bom desempenho
e as outras três crianças, para 50%, não conseguem executar corretamente a
flexão dos dedos da mão do braço afetado.
E no último aspecto
observado, foi possível determinar que 50% das crianças não conseguem pegar
objetos com a mão afetada.
Como pode ser visto há
muitas limitações nos movimentos apresentados pelas seis crianças com
diagnóstico de Paralisia Braquial Obstétrica do Centro de Reabilitação Física
de Viana no membro superior afetado. Situação complicada que pode ser tratada
por meio de exercícios físicos terapêuticos e técnicas de massagem nestas
idades iniciais, de modo que o tratamento é mais eficaz e as mudanças são
alcançadas em favor do desenvolvimento motor desta parte do corpo afetada.
Combinação de técnicas
de massagem e exercícios físicos terapêuticos para crianças de 0 a 1 ano com
Paralisia Braquial Obstétrica do Centro Ortopédico de Viana.
Objectivo:
Desenvolver uma combinação de técnicas de massagem e exercícios físicos
terapêuticos que contribuam para a reabilitação física das crianças de 0 a 1
anos com Paralisia Braquial Obstétrica.
Segundo Espinosa,
(2017) existem muitos efeitos da massagem no membro afetado, facilita a
circulação sanguínea e o suprimento de nutrientes para os músculos paralisados,
normaliza o tônus, evita contraturas, previne atrofias e também os exercícios
físicos terapêuticos são um meio de estimular a recuperação da contração
muscular, pois a estimulação física ajuda á contração voluntária.
Técnica de Massagem:
São manipulações
realizadas com o objectivo de tonificar os músculos, evitando atrofia e
retração, além de ajudar a normalizar o tônus, é realizado no membro afetado.
Em decúbito ventral e decúbito dorsal, dependendo do envolvimento do membro.
A fricção é a mais
superficial das manipulações e uma das mais agradáveis, com ela começa e
termina a sessão de massagem. É a manipulação mais comum das técnicas simples.
Sua influência fisiológica é muito compleita, consiste em deslizar a mão pela
superficie da pele sem deslocar-la. A fricção é usada em todas as sessões no
início destas sessões, com o objetivo de aumentar a temperatura locar e o ciclo
do sangue, é feito lenta e superficialmente.
A frotação favorece o
aumento da mobilidade dos tecidos e intensifica a circulação de sangue,
favorecendo a alimentação dos tecidos e os processos de reabsorção de produtos
de desperdícios da pele, de articulações, músculos, ossos, ligamentos e
cápsulas articulares. Ele será usada após da fricção e a frotacção será feita
somente com as pontas dos dedos.
O Amassamento consiste
em amassar os músculos com os dedos, separando-o do canal ósseo, amassa-se e
mais tarde é levado ao lugar de origem. Para aplicar esta técnica, recomenda-se
aplicar apenas o amassamento simples com uma mão, porque os músculos do braço
afetado não têm grande desenvolvimento muscular.
A Percusão consiste em sopros
rítmicos e contínuos nos tecidos que são determinado com as partes diferentes
das mãos e com os dedos do massagista, la variante de percusión que se
recomienda utilizar nas crianças de 0 a 1 ano com Paralisia Braquial
Obstétrica, recomenda-se aplicar o digiteo, pois não tem um efeito muito forte
nas partes do corpo onde é realizado.
O Sacudimento é uma
variedade da massagem vibratório, caracterizado pelos movimentos rápidos
oscilatórios que produzem um tremor ativo nos tecidos nos quais é aplicado. Apenas
a variante de sacudimento locar será aplicada aos músculos do braço afetado.
Ejercicios físicos
terapéuticos:
As mobilizações
passivas devem ser realizadas em cada arco articular envolvido do braço
afetado, que, além de manter a capacidade funcional da articulação, é fonte de
importantes estímulos proprioceptivos para a recuperação da lesão inmovilidade.
Também se aplicaram as
mobilizações activas, mediante uma mobilização ativa é admissível a mesma devem
começar a partir dos primeiros sinais de reinervação observados para atingir a
maturação funcional das unidades motoras. É difícil na criança pequena, mas um
ou vários grupos musculares podem trabalhar. Os músculos afectados do membro
paralisado devem ser trabalhados, geralmente a abdução do deltóide, a rotação
externa do ombro, a flexão do cotovelo, a extensão do punho e do polegar e a
supinação do antebraço.
Para selecionar os
exercícios físicos para a reabilitação de crianças de 0 a 1 ano com Paralisia
Braquial Obstétrica do Centro Ortopédico de Viana, considera-se a experiência
da fisioterapeuta Yanes, (2014), também, outros exercícios também são adaptados
e fornecidos pelo autor desta investigação.
Exemplos de Exercícios
físicos.
Primeiras três semanas
de nascimento:
Tratamento postural com
90 ° de abdução do ombro e 90 ° de flexão do cotovelo.
2. Movimentos amplos não devem ser realizados para evitar dor (possível fratura
da clavícula) ou alongamento excessivo ao nível da área de cicatrização.
Da quarta semana ao
terceiro mês:
1. Mobilizações passivas:
moles, com leve tração e dentro da faixa fisiológica da articulação. Evite
alongamento excessivo dos tendões e músculos. Com uma mão, a contenção firme e
suave do segmento a ser mobilizado.
a) Articulação
glenoumeral fixando a escápula (flexão, extensão, abdução, adução, rotação
externa do ombro com o braço preso ao corpo para alongar o músculo
subescapular).
b) Cotovelo: flexão, extensão e supinação, pois se o bíceps braquial estiver
envolvido, fixe o antebraço em pronação.
c) Pulso: flexão de
extensão, inclinação ulnar, inclinação radial.
d) Mão: mobilizar as articulações metacarpofalângicas e interfalângicas.
e) Se o torcicolo congênito estiver associado: tratá-lo.
2. Treinamento motor:
ajuda a acelerar a atividade de músculos que são afetados apenas
temporariamente. Você pode escolher atividades e objetos que estimulem a ação
de tocá-los ou pegá-los (chocalhos, celulares, brinquedos coloridos ou sons
emitidos).
3. Estimulação
sensitiva: A perda sensorial é geralmente menor que o envolvimento motor, mas
há perda total de sensibilidade quando a paralisia é total. A etapa do
desenvolvimento motor da criança deve ser levada em conta.
a) Traga o braço para a
linha média de modo que fique dentro do campo de visão da criança.
b) Tenha a mão e o
braço afetados tocados.
c) Ajudar você a levar
sua mão à boca.
d) Estimule a pele
usando uma escova de dentes ou outros objetos que produzam diferentes sensações
estereo-sensoriais.
4. Tratamento postural:
Alternar durante o dia várias posições para complementar as mobilizações
passivas. Evite posturas viciosas. O braço deve ser abduzido, a rotação
externa, o cotovelo dobrado e a mão aberta.
Do quarto mês ao oitavo
mês:
1. Avaliar a atividade
do bíceps: se você puder colocar a mão na boca, significa que há uma boa recuperação.
Caso contrário, a possibilidade de reparo cirúrgico do plexo braquial deve ser
avaliada.
Mobilizações passivas e
contar com o estágio de desenvolvimento psicomotor da criança; evitar adução
com rotação interna do ombro, flexão do cotovelo, pronação do antebraço e
flexão do punho.
Alterações posturais.
Em decúbito ventral,
estimule o apoio nas mãos para ativar as cadeias musculares.
5. Realize exercícios baseados nas reações neuromotoras de Le Métayer,
favorecendo o movimento espontâneo contra a gravidade.
6. Treinamento motor
dirigido de acordo com o estágio de desenvolvimento.
a) Enfatize as atividades de manipulação ou divulgação. É ajudado manualmente
ou por mecanismo de feedback verbal para que você realize a atividade com os
músculos apropriados.
b) Estimular exercícios
ativos com o uso de brinquedos sonoros, bolas coloridas, brinquedos de banho,
bonecos de borracha, bonecas de pano, etc.
c) Alterações do
esquema corporal são frequentes. Embora já tenham mobilidade e alguma função no
braço afetado, tendem a esquecê-lo, causando coordenação insuficiente dos
padrões funcionais.
d) A criança pode estar
atrasada em alcançar a marcha autônoma. Padrões posturais variam de acordo com
as compensações e adaptações que cada criança usa. Em caso de cirurgia, a
marcha também é atrasada, pois são utilizados enxertos sensitivos dos membros
inferiores.
e) Da sedentación o
jogo e as mudanças de posições e equilíbrio devem ser estimulados, para
estimular ao mesmo tempo as cadeias musculares.
Do nono mês ao ano:
A série de exercícios
funcionará com base na estabilização da escápula ao nível da mão e do joelho,
ombro, cotovelo e antebraço, punho e dedos.
1. Mão e joelho.
a) Pratique “rastejar”
(andar de quatro), mas as mãos devem estar no chão com os dedos abertos. Jogos
como corridas com obstáculos, caça ao tesouro podem ser inventados.
b) Peça-lhe para
brincar com objetos (brinquedos, quebra-cabeças); ou com as mãos e os joelhos
em posição de engatinhar, passando o tempo segurando o balanço com o membro
mais forte, enquanto o fraco joga no ar e depois muda.
c) Ande em carrinho de
mão: faça a criança andar com as mãos, enquanto o terapeuta o leva pelos pés.
Ambas as mãos devem estar no chão, com os dedos abertos e os cotovelos
esticados.
d) Jogo de bola: faça-o
jogar numa grande bola. Com a barriga na bola, faça-a avançar com as duas mãos,
segurando o corpo com os braços para a frente. Quanto mais avanço, mais difícil
será. Você deve segurar sua cintura com as mãos para evitar quedas laterais e
ajudar no equilíbrio. Com a barriga na bola, faça a criança "voar com as
mãos". Você deve levantar os braços para fora da bola de duas maneiras: do
lado e acima da cabeça.
2. Ombro.
a) Abdução do ombro: a
criança descansa de costas. Uma mão no oco axilar bloqueando a omoplata, segurando-a
firmemente contra as costelas. Com a outra mão no antebraço, deslize o membro
para o lado na maca. O objetivo é alcançar com o braço perto da orelha, sem
mover a escápula e manter a posição por 30 segundos (repita três vezes ao
lado).
b) Flexão do ombro: a
criança descansa de costas. A mão é colocada como antes, o braço é levantado da
maca para cima, movendo-o em direção ao ouvido e tentando passar. O objetivo é
alcançar a maca sem mover a escápula e manter a posição por 30 segundos (repita
três vezes para frente e para cima).
c) Rotação externa do
ombro nº 1: a criança descansa de costas. O braço a 90º do corpo, o cotovelo
fletido 90º. Uma mão é colocada no ombro para mantê-lo colado à maca. Com a
outra mão no antebraço, tente girá-lo até tocar a maca com a mão e manter a
posição por 30 segundos (repita três vezes girando para fora).
3. Cotovelo e
antebraço.
a) Flexão de extensão
do cotovelo: a criança descansa nas costas. Uma mão é colocada no braço, para
segurá-la colada à maca e com a outra mão no antebraço, dobre e estique-se
lentamente o máximo possível, dez vezes. Se você se sentir apertado, segure-o
no flexionado por 30 segundos.
b) Supinação (palma
para cima): A criança descansa nas costas. O cotovelo é colocado dobrado a 90º,
e com uma mão no antebraço, estique-o com a palma voltada para cima até que
esteja totalmente estendido dez vezes. Se o pulso for sentido, mantenha-o na
posição máxima atingida por 30 segundos e progrida.
4. Pulso e dedos.
a) Flexão de extensão:
a criança descansa de costas. Estique os dedos e o polegar completamente e
mantenha-os abertos por 30 segundos. Dobre o pulso para cima e para baixo. Abra
todos os dedos completamente e, ao mesmo tempo, estenda o pulso (dobre para
cima) o máximo possível, repetindo isso dez vezes. Se você se sentir apertado
ou não ficar esticado, mantenha-o na posição máxima alcançada por 30 segundos e
progrida.
Sugestões metodológicas
para desenvolver a combinação de técnicas de massagem e exercícios físicos
terapêuticos.
O tratamento é individualizado.
A sessão tem uma
duração de 30 minutos a uma hora.
A frequência das
sessões deve ser pelo menos três vezes por semana.
Em cada sessão de
fisioterapia as técnicas de massagem serão realizadas nos primeiros 5 a 10
minutos no início da sessão, levando em consideração o objectivo proposto e as
características de cada criança.
Após as técnicas de
massagem, os exercícios físicos terapêuticos serão realizados, corretamente
corrigidos, levando-se em consideração a idade da criança e as características
do braço comprometido.
No meio dos exercícios
físicos terapêuticos serão realizadas técnicas de massagem, além da sessão ser
completada com técnicas de massagem fundamentalmente com fircção, pois é a mais
suave e agradável.
As crianças devem ser
avaliadas pelo Fisiatra mensalmente para comparar os resultados obtidos na
estimulação da motricidade com a aplicação da combinação de técnicas de
massagem e exercícios físicos terapéuticos.
Valorização através do
critério dos especialistas da proposta de combinação de técnicas de massagem e
exercícios físicos terapêuticos.
Com o objectivo de
avaliar a cualidade da proposta de combinação de técnicas de massagem e
exercícios físicos terapêuticos para o tratamento de reabilitação física das
crianças de 0 a 1 ano com Paralisia Braquial Obstétrica do Centro Ortopédico de
Viana, Luanda e definir sua possível aplicação, foi aplicado o método de
critérios de especialistas. Pelo que, foram seleccionados sete especialistas do
Centro Ortopédico de Viana que atenderam aos seguintes critérios de selecção,
profissionais formados na área de Fisioterapia e com mais de 5 anos de
trabalho.
Resultados obtidos
através dos critérios de especialistas:
No primeiro aspecto
avaliado os sete especialistas para 100% consideram que o objectivo geral da
combinação de técnicas de massagem e exercícios físicos terapêuticos sim está
correcto, o qual é orientado para melhorar o tratamento de reabilitação física
das crianças de 0 a 1 ano com Paralisia Braquial Obstétrica do Centro
Ortopédico de Viana.
No segundo aspecto
avaliado, os sete especialistas para 100% concordam em que a da combinação de
técnicas de massagem e exercícios físicos terapêuticos para as crianças de 0 a
1 ano com Paralisia Braquial Obstétrica do Centro Ortopédico de Viana é necessária.
Como sabem que o Centro possui poucos exercícios planejados correctamente para
tratar crianças portadoras dessa doença, além de concordar com as técnicas de
massagem e exercícios físicos terapêuticos, é realizado um trabalho integrado
que estimula os movimentos do braço afetado.
As sugestões
metodológicas é o terceiro aspecto valorizado por os especialistas, os sete
especialistas para 100% afirmam que sim permitem o desenvolver da combinação de
técnicas de massagem e exercícios físicos terapêuticos nas crianças de 0 a 1
ano com Paralisia Braquial Obstétrica, pois as sugestões metodológicas orientam
ao fisioterapeuta que em cada sessão de fisioterapia as técnicas de massagem
serão realizadas nos primeiros 5 a 10 minutos no início da sessão. Após das
técnicas de massagem, os exercícios físicos terapêuticos serão realizados,
levando-se em consideração a idade da criança e as características do braço
comprometido. Assim como o tratamento é individualizado, que a sessão de
fisioterapia tem uma duração de 30 minutos a uma hora e que a frequência das
sessões deve ser pelo menos três vezes por semana.
No quarto aspecto
valorizado por os especialistas, os sete especialistas para 100% concordam em
que a combinação de técnicas de massagem e exercícios físicos terapêuticos sim
pode ser aplicada nas sessões de fisioterapia, para melhorar a reabilitação
física das crianças de 0 a 1 anos com Paralisia Braquial Obstétrica do Centro
Ortopédico de Viana, Luanda. Critérios que serám levado em consideração para a
futura aplicação da combinação de técnicas de massagem e exercícios físicos
terapêuticos nas crianças de 0 a 1 ano com Paralisia Braquial Obstétrica
investigadas.
Conclusões:
1. Os resultados do
diagnóstico inicial mostram que existem limitações na mobilidade articular do
membro superior afetado em crianças de 0 a 1 anos com Paralisia Braquial
Obstétrica do Centro Ortopédico de Viana, Luanda. E que não é suficiente a
selecção, dosificação, planeamento e aplicação dos exercícios físicos para a
atenção dessas crianças.
2. Foi elaborada a
combinação de técnicas de massagem e exercícios físicos terapêuticos para o
tratamento de reabilitação física de crianças de 0 a 1 ano com Paralisia
Braquial Obstétrica do Centro Ortopédico de Viana, Luanda, a qual apresenta
sugestões metodológicas para a correcta atenção dessas crianças por o
fisioterapeutas.
3. Os sete
especialistas que realizam a valorização da combinação proposta de técnicas de
massagem e exercícios físicos terapêuticos para o tratamento de reabilitação
física de crianças de 0 a 1 ano com Paralisia Braquial Obstétrica do Centro
Ortopédico de Viana, Luanda, consideram que é necessário e que pode ser
aplicado na prática.
Referencias
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Paralisia braquial obstétrica no contexto da reabilitação física precoce.
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